quarta-feira, 11 de maio de 2016

Nereu, Aquiles e Pancrácio - 12 de Maio



Nereu, Aquiles e Pancrácio, mártires da fé

Três mártires da fé, que causaram grande impacto no Cristianismo, já que deram sua vida por amor ao Cristo
Nereu e Aquiles viveram no século III. Foram severamente torturados e morreram durante a perseguição militar, com a qual deu início a era de Diocleciano. Uma das marcantes representações de martírio, é a gravura de Santo Aquiles atingido pelo verdugo.
Sobre Pancrácio, sabemos que herdou dos pais a fé, coragem e admiração pelo imperador. Agora, ao tornar-se órfão, teve que morar com um santo tio chamado Dionísio, que morreu mártir antes do sobrinho. Diante da perseguição promovida pelo imperador, Pancrácio, que era muito jovem, começou a ver pessoas testemunhando Jesus até o sangue, como o seu tio e amigo.
Persuadido pelo próprio imperador, que recordava o amor aos pais, São Pancrácio manteve-se fiel a Jesus, mesmo diante das promessas e ameaças de morte.
Portanto, com apenas 15 anos, São Pancrácio soube dizer ‘não’ ao poder opressor e ‘sim’ à Vida Eterna, na qual entrou depois de ser decapitado, ou seja, martirizado com Nereu e Aquiles. 
Santos Nereu, Aquiles e Pancrácio, rogai por nós!
Santos Aquiles, Nereu e Pancrácio
Mártires

Comemoração litúrgica: 12 de maio.

Também nesta data: Beata Imelda Lambertini, São Leopoldo Mandic

1. Santos Aquiles e Nereu


Etimologicamente os nomes "Aquiles" e "Nereu", de  origem grega, significam respectivamente "força" e "me pertence".
Irmãos, ambos eram soldados adscritos ao tribunal militar durante o governo do imperador Dioclesiano. Tempos em que a maldade perpetrava ataque  feroz contra os seguidores de Cristo.  Contudo,  quanto mais se alargavam as fileiras do martírio, tanto mais florescia o cristianismo revestido com a força do testemunho vivo da verdade cristã.
Aquiles e Nereu eram flores que encontravam-se  em meio a um jardim de espadas, sangue e guerra quando converteram-se ao cristianismo. Diante disso, o dilema que se lhes apresentava não era fácil:  se por um lado, renegassem sua fé e adorassem os ídolos, se livrariam da morte. Por outro, se abandonassem o exército, seriam mortos, já que as regras militares eram rigorosíssimas nesse sentido. Abrasados, porém, pela lembrança de Jesus Crucificado e das convicções que lhes inflamava o coração, não era difícil prever o inevitável desenlace por amor a Deus e à Igreja.  Cumpriam perfeitamente com seu dever de militares,  mas passaram a se apresentar como dois jovens fervorosíssimos, fazendo orações ao Deus dos cristãos, tornando-se comunicadores exemplares da Palavra de Deus.
Finalmente decidiram abandonar o exército. Não tardou que fosse decretado o exílio na ilha de Ponza, onde permaneceram ambos a serviço de Santa Flávia  Domitila, sobrinha do cônsul Flávio Clemente, com a qual partilharam as tribulações advindas pelas ordens imperiais.  O historiador Eusébio diz que esta nobre dama de Roma fora enviada ao desterro por ordem de Domiciano porque também proclamara sua fé ao Divino Redentor. Segundo São Jerônimo "o exílio foi tão cruel e longo que isto por si só já lhes serviria de martírio".
Foram condenados à morte, entregando gloriosamente a alma  pelo  fogo e pela  espada.
O Papa São Dâmaso escreveu no ano 400 a  seguinte inscrição na tumba dos  dois mártires:  "Nereu e Aquiles pertenciam ao exército do imperador.  Porém, se negaram a  cumprir certas ordens que a eles  pareciam cruéis.  Ao converter-se ao cristianismo abandonaram toda violência e preferiram ter que abandonar o exército antes que ser cruéis com  os outros. Proclamaram seu amor a Cristo nesta terra e agora gozam da amizade de Cristo na eternidade".
O Sepulcro dos santos  conserva-se no cemitério de via Ardeatina, onde há uma Basílica edificada em sua honra.

2. São Pancrácio


Tudo o que pode haver de edificante na vida de um jovem, é encontrado na vida de Pancrácio, um dos mais gloriosos mártires do século quarto. Contava com apenas 14 anos quando rendeu a alma à Deus,  recebendo a palma do martírio e elevado aos altares num grande exemplo de coragem,  personalidade e fé na doutrina de Cristo Salvador.
Filho de pais nobres e ricos, era natural de Symnado, na Frígia. O pai, ocupava altas e honrosas posições no governo de Diocleciano, que muito o estimava e com sua amizade pessoal o distinguia.  Mas, dando preferência à sua fé, seu pai pagou esta fidelidade com o martírio.  Pancrácio não conheceu seu progenitor,  tendo sido confiado à guarda de seu tio  Dionísio que, apesar de pagão,  educou seu sobrinho a quem devotava o mais terno amor paternal.
Passados alguns anos, mudou de domicílio, transferindo-se para Roma para proporcionar ao sobrinho a ocasião de relacionar-se com os mais exímios professores  e membros da alta sociedade.  Nessa ocasião , já ocorriam rumores de que o imperador Diocleciano tencionava exterminar o cristianismo, exigindo de seus súditos homenagens  divinas à sua pessoa.
A pouca distância da vivenda de Dionísio, morava oculto o Papa Marcelino,  hóspede de um cristão carpinteiro do palácio imperial.  Observando a movimentação nesse local de homens e mulheres de todas as classes e investigando as razões, acabou descobrindo que  no local havia reuniões secretas de cristãos devotos à  verdadeira doutrina de Cristo. Dionísio, já fortemente inclinado ao cristianismo e Pancrácio, ouvindo muitas boas referências  a respeito do Papa, nutriam ardente desejo de pessoalmente conhecer Sua Santidade.  Certa noite dirigiram-se ao Porteiro que,  desconfiado, relutou em deixá-los entrar, mas  confessando que queriam conhecer a religião cristã, foram  cordialmente recebidos pelo Papa. Durante dias consecutivos ouviram, em reuniões, as explicações da doutrina cristã, até que finalmente foram admitidos no Batismo e ao culto divino nas catacumbas.
Nesse ínterim,  o imperador firma o decreto de perseguição aos cristãos. Em poucos dias  registraram-se não só numerosos casos de prisão de fiéis,  mas instrumentos de tortura e morte  fizeram jorrar o sangue dos cristãos abundantemente.  Dionísio, ao ver tais atrocidades, morreu num caloroso acesso, pois  seu coração sensível não suportou ver o modo cruel de como os cristãos eram tratados. Seu pupilo e muito querido Pancrácio prometeu fidelidade absoluta da fé, embora isso implicasse em martírio.
Como  Pancrácio era de natureza nobre, houve de se justificar diante do imperador, pois fora delatado como cristão. Antes de comparecer ao tribunal,  pediu a bênção do Papa, que o animou e deu-lhe a santa Comunhão.
O imperador, apelando para a sua nobreza, usa de todos os meios persuadir o jovem menino, tentando convencer-lhe de que os cristãos o haviam enganado e que deveria voltar-se para suas origens e amar os deuses do imperador, caso contrário, justificaria  com seu sangue o rigor das leis.  Mas, Pancrácio, com timbre argentino de sua voz juvenil, respondeu: "imperador, enganai-vos em supor que me deixei iludir  pelos cristãos. Só pela misericórdia de Deus cheguei ao conhecimento da Salvação. Sou menino de 14 anos apenas, mas saiba o senhor que Nosso Senhor Jesus Cristo reparte as suas graças não pela escala dos anos, mas segundo a sua bondade e sabedoria. Coragem e entendimento ele nos dá, para não ligarmos às ameaças  dos imperadores maior importância que um fogo pintado. Exigis de mim, que preste adoração aos deuses e às deusas da vossa veneração. Ainda bem, que o sois melhor, que eles são".   A tais palavras, o imperador  as interpelou de insultuosas e atrevidas, ordenando sua imediata decapitação.
À terrível  sentença, fez o semblante angélico do jovem se cobrir de santa alegria e prontamente Pancrácio se pôs à disposição do carrasco. Sem a menor relutância, entregou sua cabeça ao cutelo do algoz. Antes disso, proclamou: "Graças vos dou, ó Jesus, pelo dom da fé e pela honra de me terdes aceito entre os vossos servos".
REFLEXÕES
Que exemplo formidável de firmeza cristã, de fidelidade a Deus e à Igreja, de extrema valentia!  Contemporâneos do imperador Dioclesiano, que pertetrou dura perseguição aos cristãos, temos duas histórias que convergem num mesmo sentido. De um lado, Aquiles e Nereu,  dois soldados do exército que, pela fidelidade à Cristo, abandonaram a farda da perseguição cristã e abraçaram-se à cruz de Cristo. De outro lado, um simples menino de nome Pancrácio, com pensamento de menino, corpo de menino, inocência de menino. Mas,  com a mesma convicção daqueles valorosos cristãos,  testemunhando implacavelmente sua fé já em tenra idade,  abraçando com força inexplicável o madeiro da Cruz. Todos glorificados com a coroa do martírio.
Ante as magníficas histórias que o tempo registrou sobre a coragem dos nossos santos mártires, há muito, nos dias atuais,  o que refletir a respeito.  Pois hoje, nosso testemunho cristão raramente exigirá derramamento de sangue pela causa de Cristo.  Para nós, restaram apenas pequenos e insignificantes  testemunhos comparando-nos com eles. Por isso reflitamos:  Se nos dizemos católicos, estamos testemunhando nossa fé cumprindo os mandamentos de Deus e da Igreja?  A missa aos domingos faz parte da nossa existência, assim como a confissão e os demais preceitos doutrinários?  Testemunhamos a fé ajoelhando-nos nos momentos litúrgicos próprios, ou diante do Santíssimo Sacramento? Defendemos a Igreja de Cristo e a sua doutrina? Apoiamos o Santo Padre, quando a sociedade mundana o ataca em relação à contrariedade da Igreja ao aborto,  divórcio e  contraceptivos? Como é nossa conduta de cristãos na vida social, na família, no trabalho?
São Cipriano, também vítima das implacáveis perseguições do cruel imperador, foi decapitado pelo seu testemunho cristão. Antes de morrer, tapou o rosto com as  duas mãos e pronunciou a frase:  "Ai de mim, no dia do Juízo".  Se um santo fez este pronunciamento, que será de nós no dia do Julgamento, quando ao lado dos  mártires,  olharmos para trás e compararmos a sua história com a nossa?  Envergonhemo-nos desde já dos nossos crimes e comecemos hoje a mudar de vida, cumprindo o mínimo que se nos impõe, ou seja,  os preceitos de Deus e da Santa Igreja, tão criticada e perseguida pelos amigos do mundo.
FONTE: Página oriente em 2014

São Pancrácio


São Pancrácio
+304
As catacumbas romanas atraem devotos e turistas de todo o mundo. Ali estão enterrados os santos dos primeiros anos do catolicismo. Entre eles, do adolescente Pancrácio, com as inscrições confirmando o seu martírio.
Pancrácio nasceu em Roma, filho de pais cristãos, nobres, ricos e amigos do imperador Diocleciano. Órfão, ainda muito criança foi morar com um tio chamado Dionísio. Com o seu apoio conseguiu estudar em Roma, indo morar na mesma casa onde fazia seu retiro o papa Marcelino, que respeitava Pancrácio por sua modéstia, doçura, piedade e profunda fé.
Mas como a perseguição de Diocleciano não dava tréguas a cristão nenhum, Pancrácio, então com catorze anos de idade, e seu tio Dionísio foram denunciados e levados a júri.
O tio foi imediatamente morto. Pancrácio ainda mereceu uma certa consideração do imperador. Afinal, estava na flor da idade e era filho de alguém que havia sido seu amigo. Diocleciano tentou envolver Pancrácio com promessas, astúcias e, finalmente, ameaças. Nada deu resultado. Como o adolescente respondia a tudo afirmando que não temia a morte, pois a levaria direto a Deus, o imperador perdeu a paciência e mandou logo decapitá-lo. Era o dia 12 de maio de 304.
O seu túmulo se encontra numa das estradas mais famosas de Roma, a Via Aurélia, no cemitério de Ottavilla, onde, no século VI, o papa Símaco mandou erguer uma igreja em sua homenagem, existente até hoje. Há muitas outras igrejas em louvor a são Pancrácio na Itália, França, Inglaterra e Espanha, onde seu culto se difundiu. A ele também foram dedicados os mosteiros de Roma, fundado por são Gregório Magno, e o de Londres, fundado por santo Agostinho de Canterbury.
A fama de santidade de são Pancrácio se espalhou e sua devoção é muito intensa até hoje. Ele é o padroeiro dos enfermos na Itália, padroeiro dos trabalhadores na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica na América Latina.
FONTE: Paulinas em 2014

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